sábado, 29 de maio de 2010

Introdução

O Cinema, a sétima Arte, é uma das formas de arte mais marcante no mundo. Neste projeto vamos falar sobre o Cinema no Brasil e seu desenvolvimento. Cinema (do grego: kinema "movimento"), segundo o Aurélio : “é a arte de compor e realizar filmes para serem projetados ou a sala de espetáculos onde se vêem projeções cinematográficas”. O cinema é um artefato cultural criado por determinadas culturas, que refletem as mesmas e, por sua vez, as afetam. É considerado uma fonte de entretenimento popular e um método poderoso para educar os cidadãos. No Brasil predominaram no século XX as chanchadas, as pornochanchadas e o cinema novo. O auge do cinema brasileiro comercial, no século XX, foi nas décadas de 70 e 80 com a produção de cerca de 100 filmes por ano. Atualmente o cinema no Brasil está se firmando, cada vez mais, como uma forma de entretenimento acessível e polêmica.

A chegada do cinema ao Brasil

         A primeira exibição cinematográfica no Brasil aconteceu em julho de 1896, no Cinematographo Parisiense, que foi criado em um lugar adaptado, onde hoje funciona o teatro Glauber Rocha, no Rio, cujos proprietários eram Pascoal Segreto e José Roberto Cunha Salles. O primeiro cinema foi inaugurado em 1909, como Cine Soberano, que hoje é chamado de Cine Íris, também no Rio de Janeiro.

                (Fachada do Cine Soberano, Rio de Janeiro)


       O primeiro filme a ser exibido foi uma produção dos Irmãos Lumière, chamado "Saída dos Trabalhadores da Fábrica Lumière".
   
               ( Trecho do filme " Saída dos trabalhadores da fábrica Lumière")

          A notificação da imprensa deixa claro o quanto essa primeira exibição revolucionou a história das artes: “O animatógrafo Lumiêre passou a ser a mais sublime maravilha de todos os séculos. Ver as pinturas moverem-se, andarem, trabalharem, sorrirem, chorarem com tamanha perfeição e nitidez como se fossem naturais é assombroso! Salve Lumiêre! ”
          As primeiras filmagens feitas no Brasil foram feitas pelos irmãos Segreto, imigrantes italianos que filmaram a Baía de Guanabara, á bordo do navio francês Brêsil.
           No dia 5 de julho, eles filmaram a visita do presidente da Republica Prudente de Morais ao cruzador Benjamin Constant. A partir daí, todos os acontecimentos políticos e festivos que aconteciam na cidade do Rio passaram a ser filmados.
Pascoal Segreto popularizou-se através de suas filmagens, passando a ser chamado de de "Ministro das diversões do Rio de Janeiro".
Em 13 de fevereiro de 1898, José Roberto de Cunha Sales (Médico e ex. sócio de Pascoal Segreto) realiza uma das primeiras exibições do cinematógrafo em São Paulo.
A primeira filmagem em terras paulistas, entretanto, foi feita por Afonso Segreto em 20 de setembro de 1899 em uma celebração da colônia de imigrantes italianos.
Depois destas filmagens, têm-se notícias de novas tomadas em São Paulo somente em 14 de janeiro de 1904, com vistas de fazendas de café, terreiros, gado e outros aspectos do interior do Estado.
O cinema se espalha por outras partes do Brasil, além do eixo Rio-São Paulo.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Início da Produção nacional

Em 1907, foi inaugurada a  usina do Ribeirão Lages, regularizando o fornecimento de energia para o Rio de Janeiro. em menos de um ano foram abertas dezoito novas salas de cinema no Rio de Janeiro. A partir disso, em 1908, acontece o apogeu do período de intensa produção cinematográfica conhecido como "Bela Época". Nesse mesmo ano, surge o primeiro filme de ficção do Brasil. De acordo com Paulo Emílio Salles Gomes, há dúvidas sobre o título do filme. A tradição aponta "Os Estranguladores", de Antônio Leal. A comédia "Nhô Anastácio Chegou de Viagem", de Julio Ferrez, que foi exibida em junho de 1908, teve grande repercussão.
Em 1911, empresários norte-americanos visitaram o Rio de Janeiro para sondar o mercado cinematográfico brasileiro, e logo abriram o Cinema Avenida para exibir exclusivamente filmes da Vitagraph. Com a Primeira Guerra Mundial, a produção europeia se enfraquece, e os EUA passam a dominar o mercado mundial. Francisco Serrador cria a primeira grande rede de exibição nacional (salas em São Paulo, Rio de Janeiro, Niterói, Belo Horizonte e Juiz de Fora), desiste de produzir e torna-se distribuidor de filmes estrangeiros.
O início da Primeira Guerra Mundial interrompe o fornecimento de matéria-prima, e a produção cinematográfica é paralisada. Os exibidores nacionais, que, até a década anterior, apoiavam a produção no país, passam a preferir a locação de filmes estrangeiros, europeus e americanos.
Entre 1912 e 1922, foram realizados apenas 60 filmes no país, predominando filmagens de cines-jornal e filmes documentais.
Em 1911, o cineasta Francisco Serrador compra salas de exibição por todo o Brasil. Sua política de exibição de filmes estrangeiros termina por enfraquecer o cinema nacional.
Em 1914, o primeiro longa metragem é produzido no Brasil, que foi "O Crime do Banhados", do português Francisco Santos,com mais de duas horas de duração.
Em 1915 Uma Transformista Original, de Paolo Benedetti, é um filme musical que utiliza discos de música sincronizados com a imagem, um processo precursor de sonorização.
Em seguida, no ano de 1917, surge no Brasil a primeira animação brasileira, O Kaiser, do desenhista Álvaro “Seth” Marins. O filme foi lançado em 22 de Janeiro de 1917. Esse marco histórico funciona como ponto de partida do cinema de animação no Brasil. Nestes 90 anos foram produzidos 19 longas-metragens, centenas de curtas e milhares de filmes publicitários de animação.
                                                    ("O Kaiser- Álvaro "Seth" Martins)


Em 1920 ,surgem as primeiras publicações especializadas em cobrir as produções de Hollywood, a Para Todos, a Selecta e a Cinearte.
Entre 1923 e 1933, o cinema brasileiro vive uma expansão, e são produzidos 120 novos títulos, nos chamados ciclos regionais. Várias cidades de Minas Gerais produzem filmes, por iniciativa de imigrantes e produtores independentes. Na Amazônia, o português Silvino Santos realiza filmagens documentais. Ainda são realizadas produções em Campinas, Recife e Rio Grande do Sul. 
Os filmes brasileiros passam a ter dificuldades de exibição, o que leva a uma queda de produção violenta. Surgem as revistas especializadas em cinema e começam a difundir-se os mitos e estrelas de Hollywood. A partir dos anos 1930, diversos acordos comerciais estabelecem que os filmes norte-americanos passam a entrar no Brasil isentos de taxas alfandegárias.
Em 1929, foi lançado primeiro filme sonorizado da história do cinema brasileiro, chamado "Acabaram-se os otários".
Em 1931, foi lançado um musical chamado “coisas nossas”, de Wallace Downey. É um musical cantado em português, com cantores brasileiros, e de grande sucesso. Na contra-mão, Mário Peixoto filme mudo de pouca aceitação popular, mas hoje considerado um marco do cinema experimental, chamado “Limite”.

                                               (Trecho do filme "Acabaram-se os otários")

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A expansão do cinema

Na década de 30, o cinema no Brasil é predominantemente norte-americano. As distribuidoras de filmes norte-americanos no Brasil investem muito dinheiro em publicidade e na aparelhagem de som dos cinemas, e passam a vender seus filmes no sistema de "lote". Ao contrário do que se esperava, o público brasileiro rapidamente se acostuma a ler legendas. No ano de 1934, não é produzido nenhum longa no país. A Cinédia, maior produtora brasileira da época, tentava imitar os filmes de Hollywood. Em 1940, a Cinédia produz "Pureza", com grande orçamento, cenários especiais, equipamentos novos importados dos EUA e um absoluto fracasso. Em 1942, dos 409 filmes lançados no país, apenas 1 é brasileiro.

Desde o final da década de 30, o mercado do cinema estava concentrado no Rio de Janeiro e em São Paulo. Na início da década de 40, surge no Rio Atlântida Cinematográfica, sem grandes investimentos em infra-estrutura mas com produção constante. O sucesso "Moleque Tião" (1941), drama baseado na vida do comediante Grande Otelo, que interpretou a si próprio no filme, marca o ínicio da era da Chanchada. Pela primeira vez no cinema brasileiro, estão associados produção e exibição.
Em seguida, a Atlântida passa a produzir comédias musicais de fácil comunicação com o público, tendo como tema principal o carnaval, como "Este mundo é um pandeiro" (1947) e "Carnaval no fogo" (1949), ambos de Watson Macedo. O apelo popular dos filmes da Atlântida acaba influenciando a Cinédia, que realiza o melodrama "O Ébrio" (1946), de Gilda Abreu, com Vicente Celestino, grande bilheteria em todo o país.

                                                (Trecho do filme " O Ébrio" )

Formando uma espécie de "star-system" a partir do rádio, os grandes nomes da Atlântida são Oscarito, Grande Otelo, Ankito e Mesquitinha (comediantes), Cyll Farney e Anselmo Duarte (galãs), Eliana (mocinha), José Lewgoy (vilão) e os cantores Sílvio Caldas, Marlene, Emilinha Borba, Linda Batista.
Aos poucos, as histórias vão abandonando o carnaval e explorando a comédia de costumes, a partir dos tipos folclóricos do Rio de Janeiro. Os melhores momentos vêm com os filmes de Carlos Manga "Nem Sansão nem Dalila" (1954) e "Matar ou correr" (1954), satirizando dramas americanos de sucesso. As chanchadas (e a Atlântida) se esgotam no final dos anos 50, quando o público parece cansar da fórmula, e as maiores estrelas são chamadas para trabalhar na televisão.

Ainda nos anos 50, começar a surgir filmes com baixo orçamento, temática popular e busca de um realismo brasileiro. Esse movimento é chamado de Cinema Novo. Em 1963, o movimento é deflagrado por 3 filmes: "Os Fuzis", de Ruy Guerra; "Deus e o diabo na terra do sol", de Glauber Rocha; e "Vidas secas", de Nelson Pereira dos Santos.

                   (Trecho do filme "Vidas Secas", de Nelson Pereira dos Santos)

Em todos eles, é mostrado um Brasil desconhecido, com muitos conflitos políticos e sociais. Após o golpe militar de 31 de março de 1964, começa a segunda fase do Cinema Novo marcada por "O Desafio" (1965), de Paulo César Saraceni; "Terra em transe" (1967), de Glauber Rocha; e "O Bravo guerreiro" (1968), de Gustavo Dahl. E fora do Cinema Novo, Domingos de Oliveira redescobre a comédia carioca com "Todas as mulheres do mundo" (1967) e "Edu coração de ouro" (1968).

Depois do AI-5 (13 de dezembro de 1968), as perseguições, prisões e torturas levam a terceira fase do Cinema Novo, a fase de volta ao passado, a História com os filmes "O Dragão da maldade contra o santo guerreiro" (1969), de Glauber Rocha; "Os Herdeiros" (1969), de Cacá Diegues; "Macunaíma" (1969), de Joaquim Pedro de Andrade; "Os Deuses e os mortos" (1970), de Ruy Guerra.

Em 1997, para alcançar o mercado cinematográfico, as Organizações Globo criaram sua própria produtora, a Globo Filmes que, em curtissimo tempo se tornou a empresa mais importante do ramo. Entre 1998 e 2003, a empresa se envolveu de maneira direta em 24 produções cinematográficas, e a sua supremacia se cristalizaria definitivamente no último ano deste período, quando os filmes com a participação da empresa obtiveram mais de 90% da receita da bilheteria do cinema brasileiro e mais de 20% do mercado total.
Alguns filmes lançados nos primeiros anos do novo século, com uma temática atual e novas estratégias de lançamento, como Cidade de Deus (2002) de Fernando Meirelles, Carandiru (2003) de Hector Babenco e Tropa de Elite (2007) de José Padilha, alcançam grande público no Brasil e perspectivas de carreira internacional.

                            (Trailer do filme "Cidade de Deus", de Fernando Meirelles)
Em Janeiro de 2009 o Cinema Brasileiro tem um de seus momentos históricos: Uma continuação de sucesso com Se Eu Fosse Você 2 de direção de Daniel Filho com Tony Ramos e Glória Pires nos papéis dos protagonistas que ultrapassa 1 milhão de espectadores com menos de uma semana. Outro momento histórico foi O filme "Chico Xavier"(2010) que foi visto por 3 milhões de espectadores desde a sua estreia em abril. Dirigida por Daniel Filho, a cinebiografia sobre o médium mineiro faturou R$ 27 milhões nas bilheterias e se mantém como terceiro colocado nos filmes de maior arrecadação deste ano no Brasil.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Linha do Tempo

1886 -> O cinema chega ao Brasil. Acontece a primeira exibção cinematográfica
1897 -> Aberta a primeira sala de cinema regular no Brasil, pelo imigrante italiano Paschoal Segreto
1898 -> Primeiras filmagens em solo brasileiro, da baía de Guanabara
1899 -> Primeiras filmagens  feitas em São Paulo
1900 -> Aberta a primeira sala de cinema em São Paulo, pelo italiano Vitor di Maio
1907 -> Inaugurada a usina de fornecimento de energia, surgindo o apogeu da produção cinematográfica, conhecido como "Bela Época"
1908 -> É produzido o primeiro filme de ficção brasileiro, "Os Estrangualdores"
1910 -> A cinematografia é paralisada com a crise da primeira guerra mundial
1911 -> Chega ao Brasil o cinema americano, dominando o mercado
1917 -> Surge a primeira animação brasileira, O Kaiser, feito pelo desenhista Seth.

1920-> Surgem as primeiras publicações especializadas em cobrir as produções de Hollywood, a Para Todos, a Selecta e a Cinearte.
1921-> O Brasil é o quarto maior importador de filmes americanos. Noite de São João, de Francisco de Almeida Fleming, apresenta um processo de colorização manual.
1922-> No Paíz das Amazonas, de Silvino Santos, é apresentado em Paris e Londres e fica por cinco meses em cartaz, no Rio de Janeiro.
1925-> Francisco Serrador inaugura, na Cinelândia (Rio de Janeiro), a primeira sala de cinema de luxo. Humberto Mauro cria a produtora Phebo Sul América Film, em Cataguases (MG).
1929-> Mulher, de Adhemar Gonzaga, tem cenas gravadas por Eva Schonoor e Carlos Modesto, nos estúdios da United Artists, em Hollywood. Acabaram-se os Otários, de Luiz de Barros, com música de Paraguaçu, é o primeiro filme sonoro brasileiro, assistido por 35 mil pessoas na semana de estréia.


1930 -> Os Estados Unidos ficam isentos de taxas alfandegárias, o que levou ao enfraquecimento do cinema nacional

1931-> Limite, de Mario Peixoto, torna-se o mais importante filme mudo brasileiro. A obra de 110 minutos tem imagens poéticas e intimistas, além de fusões, cortes e ângulos audaciosos.

1932 -> Decretada lei que obriga a exibição de cines-jornal brasileiros durante as sessões de cinema.
1933 -> Carmem Miranda faz sua estréia em cinema, em A Voz do Carnaval, de Ademar Gonzaga e Humberto Mauro. Humberto Mauro dirige Ganga Bruta, seu mais importante filme.
1934 -> Carmem Santos monta a produtora Brasil-Vita Filme.

1936 - > Roquete Pinto cria o Instituto Nacional do Cinema Educativo, onde Humberto Mauro produz centenas de documentários.
1939 -> Decretada uma lei que impõe às salas de cinema uma cota mínima de exibição para filmes brasileiros.

1940-> Carmem Miranda faz sua primeira atuação em Hollywood, no filme Serenata Tropical, de Irving Cummings.

1941-> É criada a Atlântida, que produz filmes de baixo orçamento e se associa ao exibidor Luís Severiano Ribeiro para garantir espaço nas telas para o cinema brasileiro.
1944-> Tristezas Não Pagam Dívidas, de Ruy Costa e José Carlos Burle, inaugura o gênero da Chanchada.
1949-> É criada a Vera Cruz, estúdio nos moldes do cinema americano. Um marco na industrialização da cinematografia nacional.
1950-> Inaugurada a primeira emissora de televisão do Brasil, a TV Tupi.

1952-> Tico-Tico no Fubá, de Adolfo Celi, tem lançamento simultâneo em 22 salas.
1953-> O Cangaceiro, de Lima Barreto, ganha o Festival de Cannes e torna-se o primeiro filme brasileiro a ter sucesso internacional.Destino em Apuros, de Ernesto Remani, é o primeiro filme nacional em cores.
1955 -> Rio 40 graus, de Nelson Pereira dos Santos, marca o início da corrente do Cinema Novo.
1956->É criada a Cinemateca Brasileira, em São Paulo.
1957->Um incêndio destrói 1/3 do acervo da Cinemateca Brasileira.
1959-> O filme francês Orfeu Negro, de Marcel Camus, inspirado no musical Orfeu da Conceição, de Vinícius de Morais e Tom Jobim, ganha a Palma de Ouro em Cannes e o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro nos EUA.
1962 -> O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte, é premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes.


1963 -> criado, em São Paulo, o "Sindcine" (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Cinematográfica).
1964- > "Deus e o Diabo na Terra do Sol" é o mais importante filme de Glauber Rocha e do Cinema Novo.
1965-> São Paulo S.A., de Luís Sérgio Person, faz crítica à crescente sociedade industrial paulistana.
1966-> Criado o curso de Cinema e Vídeo da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).

1967-> Surge o Festival de Cinema de Brasília.
1968-> "O bandido da luz vermelha" de Rogério Sganzerla, segue a estética underground do Cinema Marginal.

1969-> "Matou a famíília e foi ao cinema", de Júlio Bressane, dá continuidade à estética marginal.
1969-> O governo militar brasileiro cria a Embrafilme, empresa estatal, para promover e controlar a indústria cinematográfica.

1970 > Sob controle do governo, a Embrafilme garante espaço para os filmes nacionais, em meio ao domínio dos filmes estrangeiros, com financiamento público e salas de exibição garantidas em lei.Em São Paulo, o movimento da Boca do Lixo produz filmes de baixo orçamento, com forte apelo erótico, conhecidos por Pornochanchadas.Outro grande fenômeno popular são as comédias de Os Trapalhões, que atraem milhões de espectadores, com mais de uma dezena de filmes.
1973-> Surge o Festival de Cinema de Gramado.

1974-> O road-movie "Iracema, uma transa amazônica" , de Jorge Bodanzky, cria um novo tipo de filme que mistura documentário e ficção, e que futuramente influenciará filmes como Cidade de Deus, de Fernando Meirelles.

1976-> Com mais de 10 milhões de espectadores, "Dona Flor e Seus Dois Maridos", de Bruno Barreto, torna-se a maior bilheteria da história do cinema brasileiro.

1978-> Os filmes nacionais atraem 30% do público que freqüenta salas de cinemas no país.
1980-> O governo militar chega ao fim, sob forte recessão econômica, e o cinema enfrenta grave crise. Os exibidores rebelam-se contra a obrigatoriedade de exibir títulos nacionais e, sem verbas, a Embrafilme deixa de financiar a produção, que decai vertiginosamente.No final da década, a lei de incentivo do Prêmio Estímulo e a obrigatoriedade de exibição de curtas nos cinemas promoveram um surto produtivo de curtas em todo o país, com destaque para os núcleos paulista, carioca e gaúcho

1980-> A produção cinematográfica brasileira ultrapassa a marca de 100 filmes no ano.
1981-> Morre o cineasta Glauber Rocha.
1984-> Bete Balanço, de Lael Rodrigues, retrata o cenário do rock nacional, com trilha de Cazuza e participação de Barão Vermelho, Titãs e Lobão.

1985-> O cinema acompanha a crise financeira do país. As 1.400 salas que resistem recebem 90 milhões de espectadores, 1/3 do público da década anterior.

1987-> Criada a Casa de Cinema de Porto Alegre, com a união de 11 realizadores gaúchos.
1989-> O curta "Ilha das Flores" , de Jorge Furtado, vence o Festival de Berlim na categoria e é eleito pela crítica européia um dos 100 mais importantes curtas-metragens do século XX.

1990-> O governo Collor extingue a Embrafilme. É criado o Festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo.
1992-> O 25º Festival de Brasília é adiado por causa da falta de filmes concorrentes.
1994-> Carlota Joaquina, de Carla Camurati, é o primeiro filme realizado pela Lei do Audiovisual.
1995-> O Quatrilho, de Fábio Barreto, é indicado ao Oscar e é destaque nos Festivais de Havana e Viña Del Mar.
1996-> O projeto Cine Mambembe (atual Cine Tela Brasil) cai na estrada e percorre todo o país, exibindo filmes brasileiros em praças públicas e escolas. Criado o "Festival É tudo Verdade" , principal evento na América do Sul dedicado exclusivamente à cultura do documentário.
1997-> Chega ao Brasil a rede Cinemark, a primeira a instalar o conceito de salas multiplex "O que é isso companheiro?", de Bruno Barreto, é indicado ao Oscar.
1998-> "Central do Brasil", de Walter Salles, ganha o Festival de Berlim, e Fernanda Montenegro é indicada ao Oscar de melhor atriz.
2001-> Xuxa e os Duendes, de Paulo Sérgio de Almeida e Rogério Gomes, é o primeiro longa-metragem digital brasileiro.

2002-> É criada a Academia Brasileira de Cinema, instituição que reúne realizadores, distribuidores, produtores, exibidores, técnicos, atores e demais profissionais do cinema e do audiovisual. "Cidade de Deus" , de Fernando Meirelles, participa do Festival de Cannes e é distribuído para 62 países.

2003-> "Carandiru" , de Hector Babenco, participa do Festival de Cannes e ganha prêmio no Festival de Havana.
2006-> Existem 127 salas de projeção digital no Brasil, num total de 2.095 salas de cinema espalhadas pelo país.

2008-> "Tropa de Elite" , de José Padilha, vence o Festival de Berlim.
2009-> Se eu fosse você 2, Daniel Filho

Referências

 http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/86761 http://www.telabr.com.br/timeline/brasil http://paulo-v.sites.uol.com.br/cinema/primordios.htm http://www.direito2.com.br/acam/2004/nov/4/conheca-a-historia-do-cinema-nacional
http://www.telabr.com.br/timeline/brasil